Luma Elora Aislin

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Sabá de Ostara

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Com vermelho se pinta e borda....




Nas artes

O vermelho está presente na produção artística desde que o homem começou a pintar. Na Pré-História, achados arqueológicos mostram a utilização de ocre vermelho em pinturas de cavernas. Os artistas daqueles tempos eram chamados também de paleolíticos, como o homem e o período, e usavam dos dedos tanto para preparar a tinta, quanto para pintar. No Egito Antigo, durante o tempo compreendido entre 8000 e 5000 a .C, foi desenvolvida a chamada arte egípcia, que incluía pinturas feitas em sarcófagos, paredes e papiroos. Para isso, eram utilizadas cores naturais e sintéticas. Entre as naturais estava o vermelho, obtido também através do ocre, conhecido também pelos gregos e romanos. Os europeus, por sua vez, possuíam uma técnica de pintura em cerâmica, na qual não usavam de uma tinta vermelha, mas sim de uma preta: o fundo, natural deste material, dava a impressão do desenho ser vermelho, ao passo que os contornos eram em pigmentos negros.  Destacado nesta arte foi Exéquias, considerado o maior pintor de figuras negras.
Painel em vermelho na Casa dos Vettii, uma das mais luxuosas residência de
Já no Oriente, para a obtenção da cor vermelha, chineses e japoneses usavam do zarcão, conhecido ainda como vermelho de chumbo, enquanto na América do Norte, o vermelho vinha da calcinação do ocre amarelo e de fungos das pináceas. Na América do Sul, alguns indígenas usavam o vermelho do urucum em uma espécie de arte corporal (pintada no corpo) para atrair a vivacidade da cor.
Na história do vermelho na arte, destacaram-se os pigmentos naturais. Na arte medieval, o minium (cinábrio) e a sinopia (ocre rico em hematita) já eram conhecidos dos artistas da Antiguidade Clássica sendo, inclusive, descritos por Plínio em seus escritos. Na Idade Média, a sinopia passou a designar algumas tonalidades deste ocre, encontradas em murais e pinturas de cavalete até o século XIV. Na iluminura da época, outro pigmento vermelho natural foi usado, também já conhecido na Antiga Grécia e na América do Norte: o vermelho de chumbo, que era barato, fácil de produzir e coloriu policromias escultóricas e painéis do século XII ao XV. Ainda durante este período foi descoberto outro tom de vermelho, chamado vermelhão, também natural, oriundo do sulfeto de mercúrio. Um dos exemplos deste vermelho está na obra de Giotto, chamada O Pentecoste. Nesta pintura, o vermelho do mosaico presente na arquitetura e nas roupas dos discípulos é o vermelhão.
Na produção artística árabe, o vermelho foi tinta base junto ao preto, para escrever em livros e daí influenciar a arquitetura. Foi ainda uma das cores principais usadas para colorir tapeçarias - que seguiam um esquema de formas naturais com uma beirada contendo inscrições - durante o século XIV, e cor importante nos desenhos geométricos usados durante o domínio dos mamelucos, também usados em tapetes. Um dos movimentos que destacaram o vermelho como cor em sua produção foi o fovismo, nascido em 1905. Com preferência pela apresentação e uso das cores do que pela forma e traços, o vermelho era sim o "o vermelhão vibrante dos corpos" (Matisse, 1910). Durante o período em que ficou compreendida a arte arte contemporânea, o vermelho conquistou uma nova matéria-prima: a terra vermelha, preferencialmente utilizada como material e não pigmento. Um dos artistas destacados foi o brasileiro Carlos Vergara, pioneiro no uso desta terra como parte dos processos de criação, cuja exposição nomeou Sagrado Coração, Missão de São Miguel.
Em teoria sobre a pintura, o uso das cores e suas influências, diz-se que o clima é fator importante. Como exemplo, o artista nordestino do Brasil prefere usar o vermelho (uma cor quente, viva e luminosa) ao azul, já que vive sob sol forte durante quase todo o ano. Contudo, os momentos históricos foram também grandes influenciadores, atrelados ou não aos sentimentos. No abstracionismo geométrico - influenciado pelo cubismo e pelo futurismo, por exemplo - destacou-se o pintor holandês Piet Mondrian, que usava das cores puras (vermelho, azul e amarelo) para obter a arte pura.
Como a arte reflete a vida, o vermelho também representou o sentimento vivido no período da Pop Art, no qual foi nomeou a obraLevante Racial Vermelho (1963) - cujas celebrações da fama colidiam com a violência e as guerras, como a do Vietnã.Na literatura, o livro realista o Vermelho e o Negro, do escritor francês Stendhal, é a obra que destaca a cor, representando as revoluções vividas na época e fazendo referência ao orgulho do personagem fardado. Fã do vermelho, o designer italiano Gaetano Pesce, destaca-se no uso da cor, pois gosta de brincar com o momento que denomina "frio da arte", no qual o vermelho representaria o calor. Um exemplo disso seria a linha de calçados que lançou para a marca Melissa, na qual, em meio a cores claras e sóbrias, aparece o vermelho vivo. Além das cerâmicas gregas, esculturas modernas também destacaram a cor. Anish Kapoor usou do vermelho em várias de suas produções para sugerir algo de "físico, terreno, do corpo".Ainda relacionado à produção artística, na Nova Zelândia, uma galeria de arte chama-se Red (no português Vermelho) cujo objetivo é o de expor a arte contemporânea nacional.

3 comentários:

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