Luma Elora Aislin

Luma Elora Aislin
Sabá de Ostara

domingo, 22 de maio de 2011

Cores na magia: O preto.




O preto transmite introspecção, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial. Absorve transmuta e devolve as energias negativas, transformadas em positivas. Remove obstáculos, vícios e emoções não desejadas.



O uso em excesso trás melancolia, depressão tristeza, confusão, perdas e medo. Por isso, jamais deveria ser usado por pessoas que acabaram de perder um ente querido. O amarelo seria o mais indicado. O preto é melhor usado no sábado (dia de Saturno).



Influência cultural: Na China, o vermelho é muito bem-vindo pois ele representa a fortuna e o sucesso, enquanto há seitas religiosas afirmando que o vermelho representa diabo. O preto no mundo ocidental representa a morte, morbidez. Porém, vejam o contraste: no oriente, a cor preta significa sabedoria e respeito.



O significado resumido.
Preto: representa a ausência de cor e de luz, pois absorve todas e não reflete nenhuma delas. Induz à introspecção e ao recolhimento. Na magia, representa o mistério, a proteção e o isolamento.




Interpretação do preto na aura.


Preto: Esta cor, pode ser considerada com um coeficiente elevado de dificuldade na sua interpretação. Pode indicar tragédias, morte e doença. No entanto, também pode ser uma cor de protecção, purificação, auto limpeza e todas as formas de defesa em relação a males vindos do exterior, tal como invejas, pragas e mau-olhado. Pode indicar ainda formas de desequilíbrios. Finalmente, em função da própria pessoa poderá indicar, sentimentos de ódio, vingança e ação maléfica. Esta cor necessita de uma leitura muito cuidadosa.

Estudo de cores: O adorável preto.






Na pré-história (e claro bem depois) o mistério da gestação que envolvia a mulher era um fato que intrigava e incomodava sobremaneira os homens. Tal fato dava as fêmeas um predomínio sobre tudo e todos; tanto que o culto à deusa era comum em quase todas as localidades onde se fizeram descobertas arqueológicas. “ A mulher dá a vida e anuncia a morte; essa ambigüidade foi sentida ao longo dos séculos, e especialmente expressa pelo culto das deusas- mães. A terra mãe é o ventre nutridor, mas também o reino dos mortos sob o solo ou na água profunda. É o cálice de vida e de morte”.





A idade média é marcada essencialmente pelo machismo em substituição ao culto da Deusa. Passa a ter com o domínio da igreja católica a presença de um Deus que a meu ver tem como objetivo tomar conta da vida de todas as pessoas e é claro penalizar todas as mulheres. Afinal foi por elas e através delas que o homem foi expulso do paraíso : Eva.





E nos perguntamos: - vem a redenção? Claro Maria Santíssima aparece para resgatar o simbólico, o belo e o puro. Será? Tenho minhas dúvidas; em várias obras verifiquei que as aparições de Nossa Senhora se dá exatamente em grutas onde antes eram feitos e praticados os cultos às Deusas. É uma forma da igreja se apoderar de crenças já existentes para manipular e trazer para si estas mulheres.

















Normalmente estas mulheres moravam sozinhas e tinham uma vida sexual que não condizia com a moral e o bom costume da época. Como normalmente eram responsáveis pelo seu próprio sustento podiam escolher ou pelo menos ter mais opção de com quem manteriam suas relações.




Uma bruxa sempre usa um chapéu. Qualquer cozinheira nos dias de hoje sabe que este é um pré requisito para higiene, sem contar que em determinadas épocas do ano o chapéu protege do sol escaldante que envelhece a pele, sobretudo das mulheres brancas.




Alguns animais fazem parte da vida diária destas mulheres: sapo, coruja e gato. (os outros insetos foram acrescentados a bel prazer para construir a imagem negativa que se tem até hoje), pois bem , onde tem esses animais não tem insetos e nem roedores, lembrando que ratos eram uma verdadeira peste e que de fato transmitiam muitas doenças, entre elas a peste bubônica que dizimou um terço da população européia, ou seja nestas casas não tinham vetores para transmissão destas doenças.




Todas as vezes que nos lembramos de bruxa, não nos esquecemos da vassoura. Alguns atribuem a ela um símbolo fálico, ou usada em rituais de colheitas. Eu penso que até nos dias de hoje todas as vezes que falamos de limpeza, automaticamente nos lembramos da vassoura, ou seja estas casas eram limpas, asseadas, e em casa limpa, não entra doenças porque são eliminados as fontes transmissoras. Bem, se todos estão adoecendo, menos os moradores desta casa, com certeza eles tem pacto com demônios, pois afinal de contas Deus mandou a peste para todos e se exatamente estes não a tem realmente é motivo de desconfiança.

















Finalmente temos o caldeirão. Símbolo mágico, instrumento que não pode faltar em cozinha de nenhuma parte do mundo. A cozinha é um lugar sagrado da transmutação máxima dos alimentos. Um alimento bem feito (numa época em que as pessoas morriam de inanição) salva uma vida; em contrapartida um alimento estragado, deteriorado, mata (uma infecção intestinal neste período é fatal).




Conhecedora destes atributos cabia ás instituições de poder alterar estas informações de tal forma que quando chegassem ao público, estivessem completamente distorcidas.




É por isso que quando pegavam uma mulher - geralmente bonita e magra ( o padrão de beleza na idade média eram as mulheres gordas – sinal de que eram bem alimentadas e mais preparadas para gerar e parir os filhos) começavam com torturas que visavam modificar sua aparência física. Ao colocar uma mulher nua procuravam por todo o seu corpo marcas do demônio: pintas, manchas, marcas, em algumas situações beliscavam as mulheres é e claro sua pele se irritava. Pronto já era suficiente para mostrar sua ligação com o demônio. Embora a historiografia não comente não duvido em nada que muitas delas foram vítimas de abusos sexuais de todas as ordens. Seus cabelos bonitos e sedosos (não eram muito habituais se cuidar da higiene corporal na idade média) eram arrancados com óleo fervente, seus olhos furados, o nariz amassado com socos, os dentes arrancados, seu corpo mutilado , profanado, queimado e quebrado em várias partes davam a esta mulher um aspecto horripilante. Depois de uns dias nas masmorras estas mulheres confessavam qualquer coisa para se verem livres de seus torturadores, mas isto era impossível. Em alguns casos as torturas deveriam acontecer durante 40 dias e o torturado só poderia morrer no final em praça pública para servir de exemplo aos demais.







“Ao longo dos séculos, as litanias antifeministas recitadas pelos pregadores quase só terão variações na forma. No século XVII, Jean Eudes, célebre missionário do interior, ataca um dia: amazonas do diabo que se armam do pés à cabeça para fazer guerra à castidade, e que por seus cabelos frisados com tanto artifício, por seu refinamento, pela nudez de seus braços, de seus ombros e de seus colos, matam essa princesa celeste nas almas que massacram, também com a sua em primeiro lugar”.




Pois bem estes são alguns dos resultados de minhas pesquisas e conclusões a que cheguei depois de algumas leituras sobre este período chamado de “idade das trevas” mas que ao meu ver carrega uma riqueza de detalhes e situações que nos marcam e envolvem até os dias atuais. Rever este passado é sem sombra de dúvidas enriquecedor e esclarecedor a respeito de mentalidades que fica mais fácil de compreender e até na medida do possível alterar. (Mepa)





Bibliografia




• História do medo no Ocidente 1300-1800 – Jean Delumeau – Companhia das letras




• A história da esposa da virgem Maria a Madonna – o papel da mulher casada dos tempos bíblicos até os dias de hoje – Marilyn Yalom – Ediouro




• Fogo sobre a terra – a mentalidade medieval e o renascimento – William Manchester- Ediouro



• O livro de ouro das ciências ocultas – Magia – alquimia – ocultismo – Friedrich W.Doucet – Ediouro




• Torre de Babel – em busca da história perdida – Juan G.Atienza - Mercuryo

Sobre uso de cores: O Preto.




O QUE SIGNIFICA O PRETO NA MAGIA?
O QUE SIGNIFICA O PRETO, AS ROUPAS PRETAS USADOS NOS RITUAIS DE BRUXARIA?PERDOI-ME A IGNORÂNCIA MAS FIQUEI CURIOSA, POIS A IDÉIA DO PRETO NEM SEMPRE É DE ALGO POSITIVO.


AGRADEÇO A TODOS...


MUITA PAZ.






A pergunta foi lançada e eu comecei a dar minha resposta


e fui as pesquisas....aos poucos deito o resultado aqui no bloguinho...




Uma primeira respostinha assim bem curta e simples...o uso do negro se popularizou entre as bruxas, por uma razão muito simples, lá naqueles tempos atrás, o uso de cores nos tecidos, era coisa de quem tinha poder aquisitivo...sem, falar na sobriedade do vestir...roupas de pura lã, escuras, pesadas...basta que vejas filmes que retratem as épocas idas....aliás certas cores somente eram permitidas aos reis, imperadores, nobres, bem como as classes sacerdotais seja de que religião fosse.Mas, o negro ficou mesmo atrelado as bruxas, na Idade Média, pelo fato de que uma criatura de negro a noite, ficava quase invisível, não é mesmo? Nas densas florestas..andar de preto fosse noite ou dia era sinônimo de maior proteção, do que andar toda colorida.....acho que se tivessem inventado o estampado camuflado, usado pelo exército naquela época, as mulheres praticantes de bruxaria seriam com toda certeza adeptas da estampa, e hoje andaríamos de capa camuflada, rsrsrsrsrrs


Mas, veja...essa é apenas uma parte da resposta...breve colocarei mais.




Bençãos!




Luma

sábado, 21 de maio de 2011

Pequenos ensinamentos




"Como a árvore do outono ao perder suas folhas que lhe caem ao redor, sem senti-lo e quando a chuva, a geada e o sol lhe resvalam pelo tronco, enquanto a vida se retira para o mais íntimo e recôntico de si mesma. Não morre. Espera."


Hermann Hesse

Pensando em palavras....definindo conceitos...






Meditar, voltar-se para o caminho de dentro, encontrar o tesouro pessoal que cada um traz em seu íntimo, tesouro essencial para completar a jóia do mundo... precisamos aflorar a humanidade!



Meditar é refletir


Refletir é enxergar


Enxergar é admitir


Admitir é agir


Agir é mudar


Mudar é evoluir



Evoluir é vencer toda força destrutiva que insistimos em expressar todos os dias.





.... Retirado de Reflexões para a Nova Era/ Rosana Braga.




sábado, 14 de maio de 2011

Pequenas reflexões...grandes ensinamentos....




Não gaste seu tempo precioso a indagar:
"Por que o mundo não é um lugar melhor?"
A questão a formular é:
"Como posso torná-lo melhor?"
Para essa pergunta, há uma resposta.

Leo Buscaglia - O Caminho do Touro.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma noite ancestral.....para honrar SAMHAIN.





Como terá sido a noite esquecida de todas as memórias?
A primitiva noite ancestral da aurora da história,
em que um pequeno ser vivo chamou para perto da fogueira o seu neto e, apontando com dois dedos da mão uma estrela entre muitas no céu, pronunciou pela primeira vez o seu primeiro nome.
Com que gestos da mão e da fala rude, no entanto mais cheios de luz
do que a fogueira e mais ainda que as estrelas do céu,
teria acontecido aquilo um dia, no meio do silêncio da noite?
Como terá sido, uma outra noite ainda mais perdida na trilha do tempo em ele terá descançado sobre os ombros do neto o braço e, entre movimentos das mãos apenas e do olhar, terá ensinado a ele pela primeira vez um segredo, num tempo em que sob as estrelas do espaço não existiam sequer as palavras?
Sequer os nomes do mundo.
Como terá sido o desenho daqueles gestos sem voz e tão humanamente simples que sob a guarda dos astros os dois adormeceram?
Que pássaros da noite e que astros do céu e que flores noturnas dessas cujos perfume tão cheio torna um momento da vida de mistérios, e que outros seres vivos do Universo terão assistido aqueles instantes em que, o primeiro gesto e, depois, a palavra, terão criado o ato de inventar a troca de símbolos, de saberes e de sentimentos do mundo?
... entre gestos de amor e os de sabedoria primitiva: movimento das mãos, momentos do olhar, murmúrios de palavras e as primeiras frases do pensamento, viajando por infinitas manhãs e noites e multiplicando o inventário de passar os segredos humanos do mundo.
Ao longo de um caminho de montes e vales da história, que outros dias e outras noites primitivas terão testemunhado a trama dos mistérios em que, aprendendo com a vida a experimentar o fio da natureza, tocando com as ferramentas das mãos e do espírito o repertório sem fim dos seus recursos e segredos?
Em que momento perdemos , à maneira deles, e entre eles, à volta das fogueiras, na beira dos rios, tocando uns os corpos dos outros: aprendiam e ensinavam e de novo ensinavam e aprendiam...
criavam, fiavam e colhiam, fazendo circular os rituais do seu saber,
para que os filhos fossem mais sábios do que os pais e os netos ainda mais do que seus avós...
Vivendo, experimentando o mundo, tocando com os mesmo gestos
o que viam os outros tocarem com a sabedoria, e aprender com a vida, que entre todos os seres é o melhor mestre...
Descobrindo as lições de aprender uns com os outros através da vida coletiva, ao redor do calor dos corpos, olhando os dedos do artesão e as mãos do sábio e murmurando dentro do espírito as palavras que ouviam.
Onde está a Grande Árvore que dia a dia viajava o tamanho do seu tronco em direção ao Céu, carregada de saberes, entre eles o mais forte:
que a solidariedade aprendida deve ser de todos?

Da autoria de alguém muito especial....
que me disse, posta que a autoria foi...a vida.....




Bençãos e luz serena.