Luma Elora Aislin

Luma Elora Aislin
Sabá de Ostara

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Caminhos....


Por esses caminhos andamos nós, trilhando com pés, corpo, coração e alma..andamos....andamos...no abrigo do silêncio construimos a morada dos sonhos, refletimos sobre nossa espiral, nosso movimento ascendente....deixamos a cada trilha bagagens que já não nos pertencem.A vida é assim, bela, plena, viver é um aprendizado constante, um receber, um doar....viver é ser alegre, é chorar, é crescer, ouvir, calar e repartir....conjugamos muitos verbos nessa escola...ora erramos, ora acertamos....o que não podemos é ficar parados, a energia que nos apresenta é a do movimento....por vezes temos que aprender a não ação mas, essa também é ação, a ação do saber esperar...para depois bem construir.....assim vamos vivendo...crescendo...expandindo e pela vida, assim como nas trilhas vamos distribuindo nossos tesouros.......Deuses do fogo, do ar, da água e da terra, permitam que em nós sejam plantadas as sementes do bem viver, para bem crescer, em sabedoria e beleza.Que suave canto de pássaros, os pássaros da noite já começam seu piar...nos espiam entre árvores.....com curiosidade e afeto.....saibam vocês, que somos amados pelos demais reinos, nesses gentis corações não cabem a vingança pelo mal que causamos...eles respondem ao nosso amor, bem como ao descaso....quando assim agimos, fogem assustados.... apenas isso.Quando vamos aprender com nossos irmãos a magia da afeição e principalmente, a do não desafeto? por certo aprenderemos e de exemplo vamos seguir, talvez essa seja uma das mais belas tarefas que viemos aqui fazer......o retorno da reverência a Mãe Natureza e suas criações divinas.
Luma Elora Aislin

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Um belo presente......


Palavras do Druída Dhan:


" O Caminho espiritual é um fogo que arde diante de nós. Um homem que deseja acendê-lo tem que se conformar com a fumaça desagradável, que torna a respiração difícil e arranca lágrimas do rosto.

Assim é a reconquista da fé nos Deuses.

Entretanto, uma vez o fogo aceso, a fumaça desaparece, e as chamas iluminam tudo ao redor, nos dando calor e calma.

Mas e se alguém acender o fogo por nós?- vc pode argumentar isso- Mas se alguém ajudar a evitar a fumaça?

Pois eu digo à vcs: se alguém fizer isto, é um falso Druída. Que pode levar o fogo para onde tiver vontade, ou apága-lo na hora que quiser. E como não ensinou ninguém a acendê-lo, é capaz de deixar todo mundo na escuridão.

Só se vê estrelas, se contemplar-mos o céu.

Um dia muito abençoado, carregado desse fogo necessário para nossa alma!


Abraços...Luke ( Dhan).


Luke é um sacerdote da Grande Mãe......um lindo e mágico amigo.


Luma Elora Aislin

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

As Fadas




Rose Fyleman


Há fadas lá no fundo,

No fundo do meu jardim...

Olhando posso vê-las,

Pois não é tão longe assim.

Se você quiser também,

Sentí-las muito de perto,

Caminhe sempre para a frente,

Que as encontrará por certo

Onde corre um riozinho,

Onde há musgo, besourinho...


Há fadas bem lá no fundo,

No fundo do meu jardim...

Eu as vejo lá dançando,

Nas noites quentes assim.


Há fadas bem lá no fundo,

No fundo do meu jardim...

Ninguém pode imaginar,

O que vejo sempre assim.

Isto é sonho, é magia?

Pode ser, porém eu juro,

Que as vejo todo dia.

domingo, 14 de setembro de 2008

Oração de Dante



Quando a floresta escura caiu diante de mim

E todos os caminhos ficaram repletos

Quando padres do orgulho dizem que não há outro caminho

Eu cultivo a tristeza da pedra

Eu não acredito porque não posso ver

Penso que você veio a mim durante a noite

Quando a aurora parecia para sempre perdida

Você mostrou-me o seu amor na luz das estrelas

Lance seus olhos no oceano

Lance sua alma para o mar

Quando a escura noite parece sem fim

Por favor, lembre-se de mim

Então a montanha eleva-se diante de mim

Pelo vão profundo de desejo

Da fonte de perdão Além do gelo e do fogo

Lance seus olhos no oceano

Lance sua alma para o mar

Quando a escura noite parece sem fim

Por favor, lembre-se de mim

Embora nós partilhemos este humilde caminho, sozinhos

Quão frágil é o coração

Oh! Dê a estes pés de barro asas para voar

Para tocar a face das estrelas

Sopre vida dentro deste fraco coração

Levante este véu mortal de medo

Pegue estas esperanças despedaçadas,
gravadas com lágrimas nos ergueremos
por sobre esses cuidados terrenos

Lance seus olhos no oceano

Lance sua alma para o mar

Quando a escura noite parece sem fim

Por favor, lembre-se de mim

Por favor, lembre-se de mim.

Quando a floresta escura caiu diante de mim

E todos os caminhos ficaram repletos

Quando padres do orgulho dizem que não há outro caminho

Eu cultivo a tristeza da pedra

Eu não acredito porque não posso ver

Penso que você veio a mim durante a noite

Quando a aurora parecia para sempre perdida

Você mostrou-me o seu amor na luz das estrelas

Lance seus olhos no oceano

Lance sua alma para o mar

Quando a escura noite parece sem fim

Por favor, lembre-se de mim

Então a montanha eleva-se diante de mim

Pelo vão profundo de desejo

Da fonte de perdão

Além do gelo e do fogo

Lance seus olhos no oceano

Lance sua alma para o mar

Quando a escura noite parece sem fim

Por favor, lembre-se de mim

Embora nós partilhemos este humilde caminho, sozinhos

Quão frágil é o coração

Oh! Dê a estes pés de barro asas para voar

Para tocar a face das estrelas

Sopre vida dentro deste fraco coração

Levante este véu mortal de medo

Pegue estas esperanças despedaçadas,
gravadas com lágrimas nos ergueremos
por sobre esses cuidados terrenos

Lance seus olhos no oceano

Lance sua alma para o mar

Quando a escura noite parece sem fim

Por favor, lembre-se de mim

Por favor, lembre-se de mim.


Dante's Prayer

Loreena McKennitt

sábado, 13 de setembro de 2008

Poema que ganhei da amiga Gladis.


Que teu niver seja ótimo, pessoa querida

que teu lume brilhe sempre,e teu coração generoso

acolha os peregrinos, buscadores da verdade,

Que teu homem seja terno, cultivando o grande amor

Só tendo olhos para ti, como num conto de fadas


Sacerdotisa da minha jornada

agradeço a confiança em mim depositada

e como embalas meus sonhos de maneira encantada...


TE vejo como rainha dos bosques

e dos mundos melhorados

da terra verde e dos prados

e tambem das cachoeiras

e me transporto para aí cantando a canção das fadas!

Peço as borboletas e aos pássaros numa revoada de cores

que ao escovar teus cabelos ponham guirlanda de flores...


Que as primeiras gotas de orvalho de ostara te abençoem

e a primavera que se aproxima te faça mais feliz!

Mil abraços e beijokas encantadas minhas e da Mimin no pequeno Merlin.


A Gladis, generosa mulher fada.

grande sacerdotisa e bruxa.

Obrigado minha amiga!

à ti e a doce MIMIM.


Beijos!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Mulheres fadas,Bruxas,Caminhos Antigos, Trilhas de hoje, o Amor e a Senhora.


Parte I


Não sei exatamente por onde começar se por agora, ou se por ontem. Vamos deixar correr. O por agora, é que já escrevi o texto na mente, normalmente não vem nada para o papel )hoje está vindo, venci o desânimo – a inércia). Então, vamos à ele. Enquanto posso ficar aqui, no mundo da criação.
Acho que tudo começou ontem à noite, eu estava no msn, quando desci para tomar meu chá (estou gripada aos Kilos), a Bruma me deu olá , e faz muito tempo, mas muito tempo que não nos falávamos.
Disse-me que estava trabalhando num blog, me falou sobre o outro que fez, que versa sobre cromoterapia (está lindo, como ela só!Tudo que a Bruma faz é com carinho então, resulta em coisas mágicas e belas).
Amigas visitem o Blog da Bruma!
Continuando...começamos a falar sobre escrever, livros etc e tal, e fomos parar nas fadas (ela escreveu um livro sobre fadas – deve ser belíssimo!).
Então, me falava ela, algumas coisas e eu outras, trocamos figurinhas e a coisa andou por algum tempo (não sei quanto...) então, subitamente senti como se tivessem apagado a luz ou fechado a janela, o redor de mim mudou mas, sem que houvesse nada. Minha primeira reação foi falar para outra pessoa que estava comigo no msn (que estranho! Eu estava falando com a Bruma e tudo mudou ao meu redor, ficou diferente, não notei, notei agora, porque “dismudou”, entende? Ela não entendeu,e expliquei à ela o assunto e, enquanto eu explicava , tomava ciência do ocorrido.
Fiquei com sono depois disso, me senti bem e relaxada então, fui deitar.
Hoje acordei e fiz tudo conforme sempre faço (atendi meus filhos e voltei para cama – chove lá fora, rsrsrs...) mas, resolvi ler um texto antigo, umas folhas soltas que achei por aí, que discorre sobre o início da Arte na história humana.
Um texto muito singelo e com passagens lindas (daqueles que se lê e diz, foi realmente assim).
Então, num determinado momento parei de ler, e comecei minha escrita mental (já escrevi tanto dessa forma, que se por ventura existissem, eu teria uma biblioteca de escritos meus!).
É que cheguei no hermetismo, onde fala o seguinte: O princípio é o Mentalismo. “O todo é Mente; o Universo é Mental”. Tudo e todos que existem de visível ou oculto funcionam porque fazem parte de um todo. Tudo faz parte da criação, de uma mente onipresente, tudo faz parte de um poder total.
Esse é sem dúvida o mais importante de todos os princípios já que nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja, a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, é incognoscível e indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma mente Vivente Infinita Universal.
“Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio”, escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso Universo material.
Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o Segundo Princípio.
Então, pensei: somos seres mentais, à imagem e semelhança do todo. Mas... espera, eu sempre defendi o “somos a imagem e semelhança da seguinte forma (ainda falei sobre isso em minha palestra com os galáticos): quando unidos, homem e mulher, na cópula, um só corpo, as energias fundidas, prontas para gerar (dessa forma no ato supremo de criação, ou seja, à imagem e semelhança da Divindade). Não é a forma humana que foi criada a imagem e semelhança, mas ambas. E, agora me vem a memória que lá no Gênesi, não fala no singular, fala no plural “a nossa imagem e semelhança” ou seja, o casal divino é quem fala e não o gênero da Divindade e o “homem” não é o “macho” mas, a humanidade (mas, eles ensinam e “pensam” no homem como gênero – pelos Deuses! Mas, juro, foi assim que fui ensinada), vamos esquecer, por hora, essas interpretações, estávamos falando da minha.
Eis que me respondi, está correto, uma expressão ocorre em um nível, a outra em outro, assim são constituídos os mistérios e os entendimentos, apenas isso. Terceira dimensão, matéria, cópula, corpos, fecundação....nível acima, a mente criadora, simples assim, (e então, pensei), como comer feijão e arroz e usar chinelos,rsrsrs. Lembrei da forma que eu dava ao meu viver, lembrei da paixão que tinha, desde pequena, pela Grécia, dizia, quando falavam em viajar e conhecer lugares (crianças adoram programar viagens pelo mundo), que eu iria na Grécia, e tudo estava bom.
Começou a passar em minha mente cenas de minha infância, onde ia aos livros (sempre eles! – amigos queridos!), e a partir de um texto, uma imagem, ficava eu quieta, “imaginando estórias” – com algumas imagens e informações toda uma fração de vida era criada com riqueza de detalhes e tão vívida, que criava vida própria, era comum as coisas não irem bem a acontecerem coisas tristes e assustadoras, quando no auge do medo, acabava sendo cortado o processo, e eu me via encolhida em algum canto da casa (muito comum atrás das portas), escondida, tremendo e chorando e, percebia a “coisa” presente naquele momento, ou seja, o “mal” escorregava da imaginação para o ali e agora (era um horror!) então, eu reunia todas as minhas forças e chorando, assustada ao cubo, começava a cantar, às vezes até sem voz, só balbuciando, o meu canto de guerra, “ Mãezinha do céu, eu não sei rezar, só sei dizer, que quero te amar, azul é teu manto, branco é teu véu. Mãezinha, eu quero te ver lá no céu!”. Aí, tudo ia acalmando, ia clareando, ensolarando, mais ou menos o inverso do que aconteceu ontem (enquanto eu falava com Bruma), mesmo quando era noite e eu estava soterrada embaixo das cobertas (situação absolutamente comum, ou pelas viagens, que às vezes duravam noites inteiras, ao descobrir a cabeça no final de tudo, me dava de cara com o quarto mergulhado na claridade da manhã, através das venezianas da janela, ou ainda, pelos pesadelos), eu sentia uma claridade estranha, quando noite, ainda assim clareava, eu conseguia ver nitidamente no escuro, então, percebia não haver ninguém, “nada” no quarto “que deveria estar escuro” e abrigar ali uma coisa muito apavorante, me lembro bem a força que fazia para manter meus olhos bem fechados, “para não ver”, o que estava lá, no escuro, e que me seria visível, se eu “olhasse”.
Então, tudo ensolarava, mesmo noite eu “via” o quarto (até atrás do roupeiro), que não havia ninguém, eu estava só com meus brinquedos, na minha cama, (só não, na verdade, eu e a luz, confortável, serena, amiga...) aí eu podia dormir em paz.
Lembro bem que respirava aliviada, enxugava olhos e nariz, ria sozinha, muitas vezes, louca para fazer xixi, levantava tranqüila, colocava meus chinelinhos e saia a passos, a casa toda mergulhada na luz (que não era luz), eu nem acendia as luzes! Agora me recordo de minha mãe falar de eu ir ao banheiro, no meio da noite, nos escuros – claro! Isso era visto dentro do quadro de sonambolismo (que também havia mas, isso é outra história).
De qualquer forma eu resgatei agora esse sentimento, a paz e a plenitude que eu sentia. Então, advinham pensamentos bons, boas “imaginações”, vivia, fazia, falava e ouvia, coisas que mais tarde, fui encontrar em livros e filmes, foi assim com as Brumas de Avalon (mas, essa é outra história também, rsrsrs). E agora, lembrando a conversa com Bruma e juntando tudo, as fadas, a “imaginação” e muitos sonhos com fadas.
Tempos depois, já num centro Kardecista “ouvi” a explicação dada a minha mãe, sobre a minha mediunidade, sobre o tipo de mediunidade, sobre desdobramentos. Ouvi sobre “aparelhos de transporte”, sobre “esponjas”, sobre “faxina astral”, sobre “limpezas e missão”, não entendi nada, era tudo solto, apenas entendi que iria freqüentar aquele lugar frequentemente, que iria tomar “passes”, que iria começar a ler livros “daquela biblioteca” (fiquei radiante, tinha livros até meus olhos se perderam) e que iria assistir uma “espécie de missa” onde as pessoas sentavam em torno de uma mesa grande, para rezar e ajudar os “irmãos necessitados” e, eu tinha 11 anos, ah! E também viriam “irmãos que ensinavam coisas boas”, sobre esses foi me explicado que eles gostavam ás vezes de escrever e, que seria me dado então, lápis e papel e que quando eu tivesse muita vontade de escrever eu deveria fazer.
Bem... foi tudo bem, lá tinha a mesma luz que ilumina mesmo no escuro, e se tivesse medo era só fechar os olhos e cantar baixinho (pensariam que eu estava rezando), a Mãezinha do Céu. Como podem ver, absolutamente tudo sobre controle, até que “perceberam” que antes dos 15 anos eu já tinha devastado a obra de Kardec, os livros da biblioteca e tinha muito satisfeita da vida “achado” em outra biblioteca um livro de Ramatís e junto com esse um livro do Nietzsche, um do Hermam Hesse e o Bhagavad-Gîtâ (daí vem outras tantas histórias,kkkkk foi um pano para mangas!).

Luma Elora Aislin

Mulheres fadas,Bruxas,Caminhos Antigos, Trilhas de hoje, o Amor e a Senhora.


Parte II


...........Eu precisei parar de escrever e perdi todo o fio do meu pensamento. Era algo tão lindo quanto a simplicidade de se viver a espiritualidade, sem culpas, sem cobranças, sem julgamentos, críticas, medos e remorsos. Algo como sentir a presença da mãe divina e elevar-se acima do bem e do mal. Reconhecer a benção de um momento de absoluta paz e entrega e, a partir daí não temer e procurar amar o que sente, seja lá o que for ou quem for.
Passei ao invés de temê-los, a amá-los e respeitá-los. Eu os reconheço, não tento me esconder na descrença, por um conceito torto e desvirtuado, em um momento crucial e infeliz da história.
É preciso amar os inimigos, mas seriam eles inimigos? Ou nós, seríamos nossos próprios inimigos, fazendo ações que abrem brechas, para que eles possam atuar, de acordo com seus sentimentos pérfidos e maléficos, grande parte deles por pura ignorância.
Sabem, quando conheci a luz que ilumina sem clarear,rsrsrsrs...junto com ela senti vontade de abraçar o mundo, seja ele feio ou bonito.
Lembrei de situações tristes, dolorosas, de calamidades, revi meu caminho até e de quando fui inquirida, que não foram poucas às vezes, de como acreditar, de como amar, mediante as atrocidades, a desumanidade, a fome, a morte (tudo o que está aí). E respondia, a pior, ou melhor a última coisa que pode acontecer é a morte mas, e daí? Ela não é o fim, é início 9eu, tão ingênua, a grande maioria tem medo da morte....e, outros tantos à preferem ante sofrimentos terríveis – imaginem a situação de uma mãe que ouve seu filho chorar insistentemente de fome, que sabe que seu filho vai morrer de fome (já devem ter morrido uns sete, 10 talvez), que sabe, que não precisa nem enterrá-lo, não precisa ter esse trabalho, o urubu está ali esperando a apenas alguns passos...então, a dúvida, será que ela sente o mesmo que tu ou eu? Que referências ela tem?
Que parâmetros?ela sabe que existe outro mundo, outras formas de ser e estar? Ela já viu tua casa? Ela sabe que existe uma coisa chamada “casa”...a geladeira, a cama, teu vestido novo (teu sonho de consumo, economizou uns três anos para comprar um de griffe para a formatura), ela sabe sobre a palavra formatura? Não!!!!! Ela não sabe quase que 100% do que teu cérebro conhece. Contudo, ela é igual à ti, corpo igual (seco é verdade, aliás, tu queria estar como ela, te sentiria igual a stop model, só que comendo tudo), tecido dos mesmos elementos divinos que tu e quando copulou com seu macho (teria ela um?) participou da criação, como criatura e criador, logo, ela como tu, são DIVINAS, partes da teia do universo, criado na mente do UNO e tecida pelos Deuses. Uma hierarquia de Seres Divinos, do Maior ao Menor.
Custa aos seres entender isso?
Isso é a máxima “ Conhece à ti mesmo”.
E assim acontece a cada uma de nós às vontades e os desejos se sobrepõe a razão e principalmente ao coração. A maior parte de nossos “problemas” fincam-se no ter, simplesmente porque não “somos”, não sabemos “ser”.
Conforme falei antes, cedo, bem pequena quase um bebê, amei a Grécia, era o único lugar do mundo que eu queria ir. Era uma sonho, um objetivo. Lia tudo sobre, olhava e reolhava (colecionava fotos e reportagens). Aprendi cada recanto, mito, costumes.
Então, bem cedo, comecei a visitar a Grécia, ia quando queria, sonhei minha casa, minha vida grega...e, agora querem me perguntar, foi a Grécia? Vai fazer um feitiço, usar técnicas do “segredo”, fazer reiki etc, etc, etc...para ir a Grécia antes de morrer? Não!!! Porque já fui e posso ir sempre que queira, sem que meu corpo saia do lugar. Acomodação? Não sei, pode ser, mas qual é o problema? Eu não sofro com isso, muito menos faço outros sofrerem, exigindo coisas materiais fora de cogitação (Rita, amada, acho que foi nesse ponto que lembrei e te citei quando “escrevi” todo o texto em pensamento), pois então, a Rita deu um depoimento sublime, cheio de valor e encanto, soube passar por um momento de dor, de perda, uma noite escura muito intensa, com uma mestria estupenda.
Não estou fazendo apologia socialista, não é minha praia, se tu trabalha tem teu dinheiro e veste Prada, tudo bem mas, sinta-se feliz, não me venha com churumelas de problemas terríveis, de vazio existencial, com beicinho de pobre coitado, e sempre querendo mais.
Não me venha com o discurso de falta de amor, de solidão e todo o resto “torpe” para tentar justificar falha de caráter. Tudo na vida tem limites (aqui é assim, TERRA, TERCEIRA DIMENSÃO, alouuuu....), é a falta de limites no querer ter, pela ausência do ser que deixou o mundo como está. Isso vai desde as mínimas coisas até as imensas.
Eis o mistérios dos mistérios. A alquimia dos magos, “a grande sabedoria”, transmutar o desejo do “ter” pelo desejo do “ser”.
Quem sabe “ser” ouro, não precisa de kilos de chumbo travestido de ouro pelas falsas magias dos farsantes (aqueles que aprendem a orbitar em torno dos tolos insaciáveis, e de onde tiram sua subsistência, tal qual vampiros, fazendo com que os outros sucumbam até a morte, se não a física, a humana, matam sua humanidade e você não vê), daí a expressão “ouro de tolo”,rsrsrs um farto manancial de energia para os espertos sugadores e que assim vão dominando o mundo.
Sugantes e sugados, numa dança inebriante. Mas, quem é,tem a liberdade da alma, mesmo em cárcere, viaja. Ninguém pode deter àquele que se dispõe a beber do cálice da Deusa, do Santo Graal, e dos inúmeros nomes místicos, ao simples “conhecer-se” conhecer-se é saber-se espírito, é levantar o véu da vida, é aprender a intercambiar, é despertar os verdadeiros desejos do ser e através desses chegar ao maior sonho de consumo, mercadoria que não existe à venda na loja mais cara da 5º Avenida ou em algum lugar equivalente. Mas, que está ao alcance de todos, fazendo barulho para chamar a atenção dos surdos, o tic tac do coração....bate ritmado com o pulsar da terra. Aí reside a semente da maior riqueza que um ser, encarnado como humano pode ter, “o desejo de amar” e tão somente amar.
Tu sofres tanto porque não aprendeu a ser amor. Simples assim.
Estou cansada e quero dormir, porém preciso dizer que esse é meu maior sonho de consumo (que sonho!). Posso ser olhuda, mas confesso, é muito boa a sensação de chegar perto.
Todas às vezes que mergulhei nessa fonte pude sentir a plenitude da felicidade.
Posso estar engatinhando mas, tomar ciência de um fato cruel e dirigir minhas preces e sentimento de amor ao lado negro da força, faz-me sentir em paz.
Fiz isso no atentado das torres gêmeas, arrumei minha mesa, fiz dela o melhor altar que pude, coloquei “todos” os símbolos de minha fé sobre a melhor toalha (sim, a de festa, a de renda branca, feita à mão pelas rendeiras do nordeste). Chamei minha amiga, católica, e a convidei para rezar o terço mas, esclareci, vamos orar pelos terroristas, pelas vítimas, o mundo todo está ao seu lado. Ela me olhou com um jeito estranho porém, como já está acostumada aos meus desatinos e sendo uma das pessoas mais lindas que conheço, concordou.

Estranho isso, escrevi à algum tempo, cerca de um mês mas, terminei de digitar hoje, dia 10/09, amanhã é 11/09.....vai se entender....

Luma Elora Aislin