Luma Elora Aislin

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Sabá de Ostara

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Licantropia, texto II.



LENDAS E RUMORES: Que pode transformar um homem num lobo? Existe além da crença popular alguma razão para essa afirmação? Que significa a palavra licantropia? A palavra tem origem num vocábulo grego composto de Lykos [lobo] e tropos [forma]. A crença de que determinados homens podiam se transformar em lobisomens, era atribuída na Idade Média à bruxaria. Durante toda a Idade Média acreditou-se nesta transformação. Supunha-se que esses lobos eram feiticeiras, possuídas do segredo de se transformarem em bestas, graças aos seus poderes mágicos. Milhares de pessoas, supostas de se entregarem a essas metamorfoses diabólicas, foram queimadas nesse período. Queimaram-se até mesmo alguns “espíritos mais fortes”  que se recusaram a aceitar a existência dos lobisomens como um tal Guilherme de Lure em Poitiers, na França, segundo relato do escritor francês  Ruffat em La Superstition à travers lês ages (1977). Em 1573 um decreto do parlamento de Dôle na França, [região do Jura, perto da fronteira com a Suiça] determinavam que fossem abatidos os lobisomens. Claude Seignolle em Lês evangiles du Diable (1967) conta que no Perigord [perto de Burdeos] determinados homens, notadamente os filhos de padres, eram forçados, a cada lua cheia, a se transformarem em lobisomens. Era nessa noite que o mal os atingia. Eles só retornavam à forma humana depois de terem agredido ou assassinado suas vítimas. Existe alguma realidade nestes relatos? Seguramente a transformação do homem em lobo jamais existiu, mas temos fatos até recentes que nos oferecem certas explicações. O mais famoso licântropo de que temos referências históricas é o rei armênio Tiridat III (287- 330?), que foi curado pelo patriarca Gregório, o Iluminador. Mas escutemos a medicina atual.


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