Luma Elora Aislin

Luma Elora Aislin
Sabá de Ostara

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O Ato de Ler. Parte I



O ato de ler e o ato de escrever são mágicos, por quê? Porque permitem um centramento da mente paralela aquela que se manifesta junto com o pensamento central, ou seja, a mente tagarela.
É sabido que atividades de leitura e escrita são desempenhadas com elevado grau de concentração, quando nos concentramos,os olhos físicos diminuem sua atividade na matéria e dessa forma, o véu existente, entre os dois mundos, fica mais tênue, possibilitando a percepção ou mesmo a visão da realidade paralela existente em outra dimensão.
A escrita é um conjunto de sinais, que juntos traduzem termos, que por sua vez expressam “coisas”, para que possamos entender, o que está escrito e então, chegar ao mundo das coisas expressas, precisamos decodificar e para isso precisamos de toda a nossa atenção.
É sabido que pessoas que não se concentram na leitura, lêem, sem “ler”. O pensamento está solto, corre livre. Logo, ela leu, mas não “leu”, quando se apercebe leu duas páginas, mas não sabe nada do que estava escrito. E isso está ocorrendo cada vez mais com as pessoas. Daí resulta duas coisas distintas: ou a pessoa “percebe” o que está acontecendo ou a pessoa se aborrece, e larga o chamado “gosto” pela leitura. O mais normal é que ocorra a segunda opção. Isso ocorre devido aos estímulos do aqui e do agora material, serem mais atraentes. Essa pessoa está por assim dizer, mais ligada ao plano material.
Também traduz seu desenvolvimento cerebral, se linear ou circular.
Vejamos que existem seres que desenvolvem o gosto pela leitura técnica e tão somente, pois devemos ter em mente, os diversos tipos de material literário oferecido, dependendo desse, é ativado setores diferentes de nosso cérebro, contudo e ainda assim, a concentração ocorre e, lendo um livro técnico de administração hospitalar, em total concentração, o que pode aumentar sua percepção extra-sensorial, dessa forma em dado momento, sua leitura é interrompida por um movimento nem um canto da sala. Para, olha automaticamente, nada “vê”, não há nada lá, sabe estar só, então, se sente “cansado”, traduz como: por hoje chega, meus olhos já foram forçados demais, ou ainda, estou cansado – cansaço mental – entende que já absorveu coisas demais, está na hora de parar porque senão sua leitura e capacidade de apreensão não renderão mais, então, procuram outra atividade para descansar a mente.
Duas coisas distintas podem ter ocorrido:
A percepção extra-sensorial ativada pela liberdade oferecida pela concentração, capta uma realidade não física, é percebida, mas não reconhecida como tal, com a quebra da concentração, o contato extra-físico se esvai, e retorna o campo meramente da realidade material. Ou simplesmente, depois de muito tempo de leitura, estímulo visual forçado, a mente também chega ao seu ponto de saturação, o indivíduo, materialmente falando, cansou, o corpo chegou ao seu “limite” físico, para com tal atividade, o que é absolutamente normal. Nunca devemos esquecer que temos um corpo físico, que está sob regência de leis físicas e que manifestam limites diferentes de pessoa para pessoa, situação normal. E mais, ambas podem acontecer a um mesmo indivíduo, e normalmente acontecem, só não se cansa de ler, de estudar, aquele que não o faz.

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