Luma Elora Aislin

Luma Elora Aislin
Sabá de Ostara

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Das vestimentas e tarefas....




Mais um texto e minhas divagações.....será ou não, minha caminhada me dita....




Das vestimentas e tarefas......






Pois então, quando nada mais resta, ainda assim, resta o essencial, o tudo, e é isso que traduz a essência da bruxa, é isso que mais e realmente nos traduz.....



Muito mais do que se vê, é também o que se sente. E o que aqui está e principalmente o que não está.



Uma bruxa é alguém que se despindo da religião, resta o ofício, porque esse é o princípio, é a filosofia de vida, dessa vida aqui e que se traduz na diferença de uns e outros, é tão só uma parte de almas cuja atenção não está nas deidades, mas no princípio primal que as alimentam...



“o princípio primal”, não os princípios infinitamente deturpados pelas mentes terrenas e suas construções um tanto quanto capengas....mas, ainda assim princípios esses que devem ser respeitados, pois são necessários como o é um mordedor ao neném cheio de coceiras nas gengivas carregadas com brotos de dentinhos futuros....



Isso não altera e nem substitui o princípio primal, porque não tem esse, necessidade alguma de se impor, pois antes de tudo e ao término de tudo, ele “é”.



Desta forma, caídos todos os deuses, caídas todas as crenças, desveladas as metafísicas, findo o misticismo, resta a beleza pura e primal de um pé de datura, arriado de tanta flor, que espalha, intenso e doce perfume na iluminada noite de lua cheia, e sob a luz prateada, o coração se sente preenchido e a mente serena, porque ali está o motivo a ser honrado, respeitado e “amado”.
















Isso é o sentido do “viver”, essa é a ligação que milhões de almas (espíritos) errantes ainda não descobriram e outros tantos, ao descobrir, faz desse o grande mistério a ser envolvido e escondido, como precioso tesouro exclusivo para poucos para domínio de muitos, assim o mundo se divide em dominadores e dominados, e uns poucos que estão fora desse círculo, sejam eles denominados de bruxos, magos, espíritas, espiritualistas, esotéricos, ETs, esquizóides, esquisitos, fora da casinha, ou seja lá o que for....isso não importa, esses são tão somente portadores das batidas de um coração universal, e ouvem música, e seus olhos vislumbram, mesmo que sem ver, a “vida” que pulsa sob véus.....



Se não houver o respeito às coisas da escola, não há porque ter mestres......



Sejam eles denominados de deuses, mentores....ou o que quiser a linguagem terrena....



Nomes são como as cascas da cebola, essa última é que se faz a salada, contudo, a casca ainda assim, serve para um bom chá contra diarréia e ainda para fazer incenso de “limpeza” para energias pesadas, densas.....



Se você acha que estou em contradição.....deixe estar, um dia verás o ponto de interseção entre os círculos.














Bruxas não precisam de religião, deixam isso para as sacerdotisas de Avalon ou as pitonisas de Delfos, isso foi e pode ou não vir a ser de forma simbólica ou expressa, mas é só uma vestidura....



A essência está na vassoura...bruxas, não precisam de religião ou títulos, pois elas têm as vassouras....sabem o que isso quer dizer? O que uma vassoura faz?



Eu digo: varre a sujeira do chão, ou seja, “trabalha”.



Bruxas voam em vassouras, ou seja, “bruxas voam para varrer sujeiras em outros planos”.



Porque devem ser feias e conspurcadas, queimadas nas fogueiras, torturadas nas rodas.....e confundidas em seus orgulhos terrenos?



Porque fazem as faxinas astrais desde sempre....simples assim.



Por isso meninas, mesmo sem saber, honrem suas vassouras...não importa de que estrela se vem, qual o raio esotérico mestrino em que se atua, ou a escola iniciática que acoplou os simbolismos tornando a criatura iniciada....são só vestimentas, e quando não se tem corpo, não serve ter o que vestir.



Então, sejam corpos nus ou vestidos......mas, sejam “corpos” para poder usar de vassouras e varrer.....




Luma Elora Aislin



20/04/2011

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