Luma Elora Aislin

Luma Elora Aislin
Sabá de Ostara

domingo, 16 de agosto de 2009

O Ritual das Folhas Secas. Parte II.





Realizando um ritual com folhas secas


Vá coletando folhas verdes caídas, podadas, as que começam a cair (deixem que sequem), as já secas que jazem no chão (já às vésperas do equinócio).
No dia do Sabá, depois de determinada a área, limpe e purifique, monte o altar e ao lado deposite o recipiente com as folhas no chão. Se o altar estiver em algum móvel, que não for a nível do chão, coloque o recipiente no chão, em frente ao altar.






Depois de formar o círculo mágico e forem aberto os portais, vá até seu altar, pegue o recipiente, consagre as folhas aos Deuses, agradeça aos guardiões pelas mesmas, e circulando em sentido horário, vá esparramando-as pelo chão. As velas dos portais e as velas do altar, já deverão estar acessas, nessa ordem, dos guardiões, da Deusa, do Deus, a que representa o Sabá, abençoe e consagre seu altar, como de costume, então proceda a purificação, consagração e a benção das folhas, faça isso borrifando água com sal e incensando, também pode colocar sobre elas um pequeno punhado de terra.
Uma vez depositadas ao solo, invoque o Deus e a Deusa (eu gosto de invocar primeiro o Deus e depois a Deusa, é uma questão de gosto pessoal). Nesse momento apresente aos Deuses suas folhas, diga a eles por que é que elas estão ali, qual sua intenção ao trazê-las ao ritual.
Antes, enquanto rodava e depositava as folhas você é livre para declamar um pequeno poema que fez, ou que acho bonito, pode ser uns quatro versos rimados, você estará ativando o “ser folha” e estabelecendo uma relação mágica, será nesse momento que sua mente mágica formará um elo com o universo das folhas e as energias outonais, ou seja de Mabon.
Depois de apresentar as folhas aos Deuses, proceda como de costume ao seu Sabá da Mabon, porém reserve um tempo para uma meditação com as folhas secas.
Onde você vai deitar sobre elas, pegar um punhado, que vai estar separado também aos pés do altar, ou junte um punhado do chão, como se as tivesse colhendo novamente. Deite, e com as folhas entre as mãos, vá relaxando seu corpo e sua mente, pense que ensinamento você está precisando aprender, o que você precisa encerrar em sua vida, tem alguma coisa que precisa “secar” e ir adiante? Pois bem, defina o quê ou o “quês”, visualize-as transformando-se em folhas e secando, nesse momento, segure firme suas folhas, elas após isso, passarão a “ser” aquilo que quer você quer que se vá.


Sinta em suas mãos o término e deixe partir.
Entregue então, estas folhas, as salamandras se houver fogueira, jogue no fogo, evocando as salamandras e seus poderes mágicos de transformação, para que se junto a sua intenção, que pode ser repetida em voz alta, uma, duas, quantas vezes quiser, enquanto o fogo de Agni consome as folhas ( pode cantar para Agni, é muito recomendado o canto, sempre). O fogo pode ser feito em seu caldeirão, ou outro recipiente, que tenha para queimar folhas. Então, aconselho que já tenha preparado onde largar as folhas, enquanto coloca álcool e acende o caldeirão. Ou ainda pode ser uma vela destinada a isso, acender na vela do altar, a sabática, fixar no recipiente e aos poucos ir queimando as folhas nas velas. As cinzas dessas folhas, deverão ser postas na natureza, de forma ritualística (vá soprando-as e repetindo suas intenções, dessa vez aos seres do ar, e pedindo também aos seres da terra e da água, que as receba.
Outro punhado de folhas, das que estavam no chão, podem também serem queimadas, se na fogueira, recolha um pouco das cinzas que sobraram, se no caldeirão ou na vela, coloque nessas cinzas de folhas queimadas, o pó dos incensos queimados e um pouco de terra fina. Se a mistura não ficar muito fina, você pode triturá-la depois, o importante é que fique um pó bem fininho, pois esse será seu pó mágico de términos, sempre que precise terminar alguma coisa na sua vida e queira mandar adiante, e ver que está com dificuldades, “molhe” seu dedo indicador da mão dominante no pó e esfregue sua testa, na região do terceiro olho, faça círculos leves, enquanto recita os versos ritualísticos ou outro que tenha criado, especificamente para términos, faça isso visualizado o fim, o término do que precisa e aquela energia seguindo o seu próprio caminho.





Vou dar um exemplo: Você precisa concluir um determinado trabalho, como por exemplo, uma monografia, use o pó, crie um verso específico, pequeno, singelo,, enquanto recita o mesmo, vá circulando o terceiro olho, que estimulado, visualiza realizada a sua intenção, “veja” a monografia pronta, sinta-a sendo recebida pelo professor, vá mais longe, sinta que fez um bom trabalho, que está recebendo uma boa nota, “veja” seu professor elogiando seu trabalho, sinta prazer nisso, vibre com alegria, e sobretudo, vá a luta!
Está muito ruim? Faça um pequeno saquinho coloque nele um pouco de pó junto com seu desejo escrito, e use-o junto com você. Ele vai funcionar como um deflagrador de sua intenção, seu lembrete, sua cola, afinal você quer terminar seu trabalho.
As folhas secas que ficaram no chão, se na natureza, aí ficam, se no chão de casa, serão recolhidas e entregues a natureza para que sigam seu curso. Contudo, eu particularmente dou segmento com o uso das folhas, e você se assim quiser, e não ter facilidade para juntar mais folhas, poderá ser guardadas e no período entre os rituais se puder juntar mais algumas é só colocar junto, às vezes, perdemos muitas folhas, que ficam trituradas pelo nosso movimento, então, repor um pouco é interessante. Porque eu digo isso? Porque no Sabá de Yule eu volto a me utilizar dessas queridas amigas.
Que abençoado seja seu Mabon.
Que abençoado seja seu contato com as folhas de outono, que elas possam trazer à sua vida, a sabedoria dos términos, para acontecer um alegre futuro renascimento.

Awém!
13/03/09, sexta de lua cheia.
Luma Elora Aislin.

Um comentário:

Antonio Bispo disse...

a benção das bruxas...