Luma Elora Aislin

Luma Elora Aislin
Sabá de Ostara

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tonalidades do vermelho.

Tons

É difícil precisar os tons de vermelho quando se leva em consideração a paleta de cores de uma fábrica de tintas, por exemplo, já que uma máquina efetua a precisa mistura entre cores primárias e secundárias em variadas partes para a obtenção das mais diversificadas cores e tonalidades. Todavia, existe um número limitado de nomes para determinadas variações (em 105 no total), e são codificadas para a web e largamente conhecidas as seguintes:




Nome Amostra Tripleto hex RGB HSV Nome Web

Carmesim #DC143C 220 20 60 348° 91% 86% crimson

Coral claro #F08080 240 128 128 0° 47% 94% lightcoral

Vermelho indiano #CD5C5C 205 92 92 0° 55% 80% indianred

Salmão #FA7F72 250 127 114 6° 54% 98% salmon

Salmão claro #FFA07A 255 160 122 17° 52% 100% lightsalmon

Salmão escuro #E9967A 233 150 122 15° 48% 91% darksalmon

Vermelho #FF0000 255 0 0 0° 100% 100% red

Vermelho escuro #8B0000 139 0 0 0° 100% 55% darkred

Tijolo refratário #B22222 178 34 34 0° 81% 70% firebrick



Vermelho....colometria, ciência da cor, visão e fotografia...


Colorimetria, ciência da cor, visão e fotografia



O vermelho, junto a duas outras cores, compõe o que se conhece por cores primárias, aquelas que, combinadas entre si, geram todas as outras.Esta cor, junto ao azul e ao amarelo, é considerada pigmento-primária, ou seja, é independente e não se decompõe, já que não deriva de nenhuma outra cor. Ao que o vermelho é misturado com as outras duas primárias, gera o preto - conhecido como ausência total de cor; ao que se mistura com apenas uma outra, o resultado é uma cor secundária; ao que se mistura com uma cor secundária, o resultado é uma terciária. Há ainda a possibilidade de se gerar as cores intermediárias, que são obtidas durante a transição de primária para secundária.


O vermelho é um número de cores semelhantes evocadas pela luz constituída essencialmente da maior onda de luz visível pelo olho humano, na gama de comprimento de onda de cerca de 630 a 740 nm. As ondas maiores que esta são chamadas de infravermelho, ou "abaixo do vermelho", e não podem ser vistas pelo olho humano. O comprimento de onda vermelha tem sido um fator importante nas tecnologias de raio laser, especialmente o laser vermelho, utilizado inicialmente em tecnologias de discos compactos, mais tarde substituído por lasers azuis, uma vez que o comprimento da onda vermelha faz com que as gravações ocupem mais espaço em disco que a tecnologia de laser azul.


Cientificamente, a principal teoria para a razão pela qual os primatas desenvolveram sensibilidade ao vermelho diz que esta foi a maneira encontrada para distinguir frutas maduras de frutas verdes e vegetação não comestível. Isto teria levado a novas adaptações que se aproveitaram dessa nova capacidade, tais como as faces vermelhas de babuínos. A luz vermelha também é utilizada para preservar a visão noturna em situações de pouca luz, uma vez que as células bastonetes do olho humano não são sensíveis ao vermelho.O vermelho é ainda uma das três cores aditivas primárias da luz, complementar ao ciano, no sistema de cor vermelho-verde-azul (RGB), mas não é subtrativa primária no espectro de cores azul-vermelho-amarelo-preto (CMYK).


Um uso comum do vermelho como uma cor aditiva primária é no modelo de cores RGB. Como o vermelho não é por si só uma cor padronizada, misturas de cores com base nele também não são especificações exatas da cor. O governo dos Estados Unidos, por exemplo, estabeleceu certas especificações de quais tintas devem ser usadas quando o vermelho é indicado num projeto. Para que os computadores possam produzir cores exatas, o vermelho precisa ser definido em termos de um espaço de cor absoluta, como na correção de cor sRGB (de modo que o vermelho seja produzido de forma padronizada e não apenas cheio da intensidade do corante vermelho).


O vermelho possui diferentes nomes devido a variação de sua obtenção, que podia vir de um minério, de um vegetal ou até mesmo de um inseto.Para se estudar esta cor em âmbito mais técnico e específico, foi preciso seguir certos procedimentos, que geraram um esquema didático e organizado de análise não só para o vermelho, mas para todas as cores. É necessário que se compreenda a natureza física e gnosiológica da cor, bem como as espécies, as propriedades, a psicodinâmica, a harmonia, o ritmo e as alianças entre uma arte e outras artes. Para se entender o que é uma cor fisicamente, é necessário que se tenha em mente o conceito de luz e o comprimento de onda. O vermelho, por exemplo, quando raios luminosos penetram em um prisma, desvia-se em ângulo menor, bem próximo ao azul, verde, amarelo e laranja. Por ser uma cor cuja sensibilidade (em aspecto físico) é maior aos olhos, o vermelho é percebido por daltônicos e sua maior luminosidade atiça cães e touros, que não percebem cores, mas sim luz. Uma criança, que até os dois anos reage primeiro à luminosidade, prefere o vermelho para vestir e ter em seus brinquedos.


Os vermelhos que se distinguem por seus nomes de carmim, granza, alizarina, carmesim, cochinilha, solferino etc., têm, em geral, a mesma base cromática, ainda que a sua origem seja distinta. O vermelho mais espectral é o carmim. O escarlate é um vermelho intenso, com um leve matiz violácio. O vermelhão e o cádmio vermelho são vermelhos alaranjados. Todas as variedades de vermelhos azulados ou laranjas, tais como o vermelho de Veneza ou Sevilha, Siena tostada, cereja, caoba, etc. são vermelhos.

A luminosidade desta cor enquanto primária é de 17%, sendo notavelmente viva. Seu brilho se mantém ao ser misturada com o amarelo para formar o laranja. Todavia, ao ser misturada com o azul, esta luminosidade decaia consideravelmente. Ao ser misturada com outras cores para formar pigmentos terciários, sua neutralização não impede que existam resultados luminosos. Definida através de relações extrínsecas, de cromatismo, intensidade e luminosidade, o vermelho apresenta uma gama de variações cujos nomes possuem relações culturais, como o vermelho cardeal, que refere-se a cor usada pelos cardeais da Igreja Católica.

Na fotografia, a iluminação vermelha foi - e por vezes ainda é - utilizada como uma luz segura para se trabalhar num quarto escuro, uma vez que ela não expõe o papel fotográfico e outros filmes. Embora a maioria dos quartos escuros modernos utilizem a iluminação cor de âmbar como luz segura, a iluminação vermelha está intimamente associada com os quartos escuros na mente da maioria das pessoas.


Vermelho...etimologia e significado.



A palavra vermelho tem sua origem no latim vermillus, que significa "pequeno verme", remetendo-se à cochonilha, inseto do qual é extraído o corante carmim utilizado em tintas, cosméticos e como aditivo alimentar. Seu prefixo grego é eritro-. Trata-se de uma cor-luz primária e secundária (CMYK) e cor-pigmento primária. O vermelho é associado com a cor do sangue, algumas flores (especialmente rosas) e frutas maduras (como maçãs, morangos e cerejas). O fogo também está altamente ligado à cor, assim como o sol e o céu ao pôr-do-sol. Após a ascensão do socialismo na segunda metade do século XIX, o vermelho passou a ser utilizado também para descrever movimentos revolucionários.



De acordo com definição em dicionário de língua portuguesa, vermelho é um substantivo masculino que significa cor muito viva, correspondente "a um dos limites visíveis do espetro solar", que nomeia de ruivos a animais.


Vermelho...estudo do....História.



A história do descobrimento ou "fabricação" desta cor pelo homem para específicos usos ou recriação remonta à Pré-História, após serem descobertos registros de pinturas em cavernas que apresentavam o vermelho. Caçadores do período neolítico já consideravam esta cor a mais importante, dotada de poderes relacionados a vida, colocada inclusive nos túmulos de seus mortos - o que explicaria os achados arqueológicos nos quais esqueletos foram vistos cobertos em pó de ocre vermelho; pinturas da mesma época também atribuíam poderes mágicos a esta cor. Por volta do século VIII, na cultura nórdica, o nome usado para o vermelho derivou de teafor (magia), que tornou-se mais tarde ocre vermelho, provavelmente por conta do óxido de ferro já usado para colorir e para evocar a fertilidade. Para as mais variadas culturas ao redor do mundo antigo, o vermelho detinha poderes mágicos relacionados à invencibilidade, proteção, força e intimidação, como visto em pinturas de Jan Van Eyck (1434). Inclusive a fênix, que ainda simboliza o renascimento, está relacionada ao vermelho, por seus poderes de vida e por estar ligada à ira e à guerra, quando os homens partiam para as batalhas. Em casamentos, o vermelho foi cor tradicional em guirlandas e roupas da época romana até o século XVIII, graças a seu simbolismo de fertilidade, mantendo-se ainda como característica cultural grega, albanesa e armena; no Oriente, a China perpetuou a tradição de vestir suas noivas de vermelho. É ainda lá que ovos na cor representam boa sorte ao recém-nascido.



Na Europa, no período da Idade Média, os homens já utilizavam do escarlate para tingir tecidos, preparar cosméticos e como ingrediente culinário, graças a cochonilha, inseto capaz de produzir substância avermelhada. No Egito, possuía, junto a outras cores, significados psicológicos, e no Oriente, era já considerada uma cor comum. No século XVII, o rei francês Luís XIV instituiu o vermelho como a cor da nobreza, ao usa-lo em roupas, calçados e colorindo palácios, em tapeçaria. Durante a Revolução Francesa, foi a cor da insurreição. Na América, os índios usavam recursos naturais, como o urucum, para obter a coloração e se enfeitarem ou camuflarem-se para batalhas. No papiro de Ebers, dito o livro médico mais completo e antigo da Humanidade (1 550 a.C), o vermelho foi utilizado nos títulos dos capítulos, nos nomes das doenças e nas dosagens dos medicamentos, já que no Egito era a cor usada para dar ênfase.
De acordo com uma antiga lenda grega, as rosas vermelhas - símbolos de amor e fidelidade - vêm do sangue de Adonis, morto por um javali durante uma caçada. Assim, para esta mitologia, o encarnado é o ciclo de crescimento e declinío, além de ser a cor dedicada a deusa Afrodite. Todavia, o vermelho não representou apenas positivismo. Para os israelitas dos tempos bíblicos, o vermelho era a cor do sangue para espantar demônios; no Egito antigo era a cor representativa do deus Seth e da maldade.
Supostamente a primeira cor a ser percebida pelo homem, é também a primeira a ser vista por pessoas que sofreram danos cerebrais e tiveram cegueira temporária. Com o passar dos anos, esta cor ganhou tons e variações, conotações e simbolismos, que vão do amor a ira, representando o vermelho das rosas preferidas para o Dia dos Namorados a camisas de times de futebol pelo mundo.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Cora Coralina....

Todas as Vidas



Vive dentro de mim

uma cabocla velha

de mau-olhado,

acocorada ao pé

do borralho,

olhando para o fogo.

Benze quebranto.

Bota feitiço…

Ogum. Orixá.

Macumba, terreiro.

Ogã, pai-de-santo…

Vive dentro de mim

a lavadeira

do Rio Vermelho.

Seu cheiro gostoso

d’água e sabão.

Rodilha de pano.

Trouxa de roupa,

pedra de anil.

Sua coroa verde

de São-caetano.

Vive dentro de mim

a mulher cozinheira.

Pimenta e cebola.

Quitute bem feito.

Panela de barro.

Taipa de lenha.

Cozinha antiga

toda pretinha.

Bem cacheada de picumã.

Pedra pontuda.

Cumbuco de coco.

Pisando alho-sal.

Vive dentro de mim

a mulher do povo.

Bem proletária.

Bem linguaruda,

desabusada,

sem preconceitos,

de casca-grossa,

de chinelinha,

e filharada.

Vive dentro de mim

a mulher roceira.

-Enxerto de terra,

Trabalhadeira.

Madrugadeira.

Analfabeta.

De pé no chão.

Bem parideira.

Bem criadeira.

Seus doze filhos,

Seus vinte netos.

Vive dentro de mim

a mulher da vida.

Minha irmãzinha…

tão desprezada,

tão murmurada…

Fingindo ser alegre

seu triste fado.

Todas as vidas

dentro de mim:

Na minha vida -

a vida mera

das obscuras!



( Cora Coralina )