Parte I
Não sei exatamente por onde começar se por agora, ou se por ontem. Vamos deixar correr. O por agora, é que já escrevi o texto na mente, normalmente não vem nada para o papel )hoje está vindo, venci o desânimo – a inércia). Então, vamos à ele. Enquanto posso ficar aqui, no mundo da criação.
Acho que tudo começou ontem à noite, eu estava no msn, quando desci para tomar meu chá (estou gripada aos Kilos), a Bruma me deu olá , e faz muito tempo, mas muito tempo que não nos falávamos.
Disse-me que estava trabalhando num blog, me falou sobre o outro que fez, que versa sobre cromoterapia (está lindo, como ela só!Tudo que a Bruma faz é com carinho então, resulta em coisas mágicas e belas).
Amigas visitem o Blog da Bruma!
Continuando...começamos a falar sobre escrever, livros etc e tal, e fomos parar nas fadas (ela escreveu um livro sobre fadas – deve ser belíssimo!).
Então, me falava ela, algumas coisas e eu outras, trocamos figurinhas e a coisa andou por algum tempo (não sei quanto...) então, subitamente senti como se tivessem apagado a luz ou fechado a janela, o redor de mim mudou mas, sem que houvesse nada. Minha primeira reação foi falar para outra pessoa que estava comigo no msn (que estranho! Eu estava falando com a Bruma e tudo mudou ao meu redor, ficou diferente, não notei, notei agora, porque “dismudou”, entende? Ela não entendeu,e expliquei à ela o assunto e, enquanto eu explicava , tomava ciência do ocorrido.
Fiquei com sono depois disso, me senti bem e relaxada então, fui deitar.
Hoje acordei e fiz tudo conforme sempre faço (atendi meus filhos e voltei para cama – chove lá fora, rsrsrs...) mas, resolvi ler um texto antigo, umas folhas soltas que achei por aí, que discorre sobre o início da Arte na história humana.
Um texto muito singelo e com passagens lindas (daqueles que se lê e diz, foi realmente assim).
Então, num determinado momento parei de ler, e comecei minha escrita mental (já escrevi tanto dessa forma, que se por ventura existissem, eu teria uma biblioteca de escritos meus!).
É que cheguei no hermetismo, onde fala o seguinte: O princípio é o Mentalismo. “O todo é Mente; o Universo é Mental”. Tudo e todos que existem de visível ou oculto funcionam porque fazem parte de um todo. Tudo faz parte da criação, de uma mente onipresente, tudo faz parte de um poder total.
Esse é sem dúvida o mais importante de todos os princípios já que nele estão contidos todos os outros. O TODO (ou seja, a realidade que se oculta em todas as manifestações de nosso universo material) é Espírito, é incognoscível e indefinível em si mesmo, mas pode ser considerado como uma mente Vivente Infinita Universal.
“Compreendendo a verdade da Natureza Mental do nosso Universo o discípulo estará bem avançado no Caminho do Domínio”, escreveu um velho mestre do Hermetismo. Estas palavras continuam atuais e verdadeiras e são a chave para a nossa compreensão das regras e Leis que regem nosso Universo material.
Observaremos que, se o Universo é Mental e nós existimos na Mente do Todo, como tais, nós somos seres mentais e criamos com a nossa mente, à imagem e semelhança do Todo, conforme explica o Segundo Princípio.
Então, pensei: somos seres mentais, à imagem e semelhança do todo. Mas... espera, eu sempre defendi o “somos a imagem e semelhança da seguinte forma (ainda falei sobre isso em minha palestra com os galáticos): quando unidos, homem e mulher, na cópula, um só corpo, as energias fundidas, prontas para gerar (dessa forma no ato supremo de criação, ou seja, à imagem e semelhança da Divindade). Não é a forma humana que foi criada a imagem e semelhança, mas ambas. E, agora me vem a memória que lá no Gênesi, não fala no singular, fala no plural “a nossa imagem e semelhança” ou seja, o casal divino é quem fala e não o gênero da Divindade e o “homem” não é o “macho” mas, a humanidade (mas, eles ensinam e “pensam” no homem como gênero – pelos Deuses! Mas, juro, foi assim que fui ensinada), vamos esquecer, por hora, essas interpretações, estávamos falando da minha.
Eis que me respondi, está correto, uma expressão ocorre em um nível, a outra em outro, assim são constituídos os mistérios e os entendimentos, apenas isso. Terceira dimensão, matéria, cópula, corpos, fecundação....nível acima, a mente criadora, simples assim, (e então, pensei), como comer feijão e arroz e usar chinelos,rsrsrs. Lembrei da forma que eu dava ao meu viver, lembrei da paixão que tinha, desde pequena, pela Grécia, dizia, quando falavam em viajar e conhecer lugares (crianças adoram programar viagens pelo mundo), que eu iria na Grécia, e tudo estava bom.
Começou a passar em minha mente cenas de minha infância, onde ia aos livros (sempre eles! – amigos queridos!), e a partir de um texto, uma imagem, ficava eu quieta, “imaginando estórias” – com algumas imagens e informações toda uma fração de vida era criada com riqueza de detalhes e tão vívida, que criava vida própria, era comum as coisas não irem bem a acontecerem coisas tristes e assustadoras, quando no auge do medo, acabava sendo cortado o processo, e eu me via encolhida em algum canto da casa (muito comum atrás das portas), escondida, tremendo e chorando e, percebia a “coisa” presente naquele momento, ou seja, o “mal” escorregava da imaginação para o ali e agora (era um horror!) então, eu reunia todas as minhas forças e chorando, assustada ao cubo, começava a cantar, às vezes até sem voz, só balbuciando, o meu canto de guerra, “ Mãezinha do céu, eu não sei rezar, só sei dizer, que quero te amar, azul é teu manto, branco é teu véu. Mãezinha, eu quero te ver lá no céu!”. Aí, tudo ia acalmando, ia clareando, ensolarando, mais ou menos o inverso do que aconteceu ontem (enquanto eu falava com Bruma), mesmo quando era noite e eu estava soterrada embaixo das cobertas (situação absolutamente comum, ou pelas viagens, que às vezes duravam noites inteiras, ao descobrir a cabeça no final de tudo, me dava de cara com o quarto mergulhado na claridade da manhã, através das venezianas da janela, ou ainda, pelos pesadelos), eu sentia uma claridade estranha, quando noite, ainda assim clareava, eu conseguia ver nitidamente no escuro, então, percebia não haver ninguém, “nada” no quarto “que deveria estar escuro” e abrigar ali uma coisa muito apavorante, me lembro bem a força que fazia para manter meus olhos bem fechados, “para não ver”, o que estava lá, no escuro, e que me seria visível, se eu “olhasse”.
Então, tudo ensolarava, mesmo noite eu “via” o quarto (até atrás do roupeiro), que não havia ninguém, eu estava só com meus brinquedos, na minha cama, (só não, na verdade, eu e a luz, confortável, serena, amiga...) aí eu podia dormir em paz.
Lembro bem que respirava aliviada, enxugava olhos e nariz, ria sozinha, muitas vezes, louca para fazer xixi, levantava tranqüila, colocava meus chinelinhos e saia a passos, a casa toda mergulhada na luz (que não era luz), eu nem acendia as luzes! Agora me recordo de minha mãe falar de eu ir ao banheiro, no meio da noite, nos escuros – claro! Isso era visto dentro do quadro de sonambolismo (que também havia mas, isso é outra história).
De qualquer forma eu resgatei agora esse sentimento, a paz e a plenitude que eu sentia. Então, advinham pensamentos bons, boas “imaginações”, vivia, fazia, falava e ouvia, coisas que mais tarde, fui encontrar em livros e filmes, foi assim com as Brumas de Avalon (mas, essa é outra história também, rsrsrs). E agora, lembrando a conversa com Bruma e juntando tudo, as fadas, a “imaginação” e muitos sonhos com fadas.
Tempos depois, já num centro Kardecista “ouvi” a explicação dada a minha mãe, sobre a minha mediunidade, sobre o tipo de mediunidade, sobre desdobramentos. Ouvi sobre “aparelhos de transporte”, sobre “esponjas”, sobre “faxina astral”, sobre “limpezas e missão”, não entendi nada, era tudo solto, apenas entendi que iria freqüentar aquele lugar frequentemente, que iria tomar “passes”, que iria começar a ler livros “daquela biblioteca” (fiquei radiante, tinha livros até meus olhos se perderam) e que iria assistir uma “espécie de missa” onde as pessoas sentavam em torno de uma mesa grande, para rezar e ajudar os “irmãos necessitados” e, eu tinha 11 anos, ah! E também viriam “irmãos que ensinavam coisas boas”, sobre esses foi me explicado que eles gostavam ás vezes de escrever e, que seria me dado então, lápis e papel e que quando eu tivesse muita vontade de escrever eu deveria fazer.
Bem... foi tudo bem, lá tinha a mesma luz que ilumina mesmo no escuro, e se tivesse medo era só fechar os olhos e cantar baixinho (pensariam que eu estava rezando), a Mãezinha do Céu. Como podem ver, absolutamente tudo sobre controle, até que “perceberam” que antes dos 15 anos eu já tinha devastado a obra de Kardec, os livros da biblioteca e tinha muito satisfeita da vida “achado” em outra biblioteca um livro de Ramatís e junto com esse um livro do Nietzsche, um do Hermam Hesse e o Bhagavad-Gîtâ (daí vem outras tantas histórias,kkkkk foi um pano para mangas!).
Luma Elora Aislin